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sábado, 16 de outubro de 2010

Gabaritos de provas da PF custavam até R$ 100 mil, diz delegado Inquérito que investigou fraude faz parte da Operação Tormenta da PF. Suposta quadrilha também teria agido em outros concursos públicos.


Os gabaritos das provas do concurso para agente da Polícia Federal de 2009, vendidos por uma quadrilha, custaram de R$ 60 mil a R$ 100 mil, concluiu a investigação do próprio órgão, feita em parceria com a Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal. Os detalhes foram divulgados nesta sexta-feira (15) ao G1.
A investigação sobre a fraude no concurso faz parte da Operação Tormenta, deflagrada em junho pela PF e que apura irregularidades também em outros concursos públicos: da Receita Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), além do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.
De acordo com o delegado da PF Victor Hugo Rodrigues Alves, chefe da operação, 55 candidatos foram indiciados no inquérito sobre a fraude no exame da Polícia Federal. Foram indiciados também dez membros da quadrilha que desviou os gabaritos, sendo que alguns dos 55 candidatos também eram membros do grupo.
Na última quarta-feira (13), 49 candidatos indiciados foram eliminados oficialmente do concurso. Os outros seis já haviam sido excluídos em junho, logo que a operação foi deflagrada. O inquérito foi encerrado há cerca de dois meses, disse o policial federal.
De acordo com Alves, os candidatos foram indiciados por estelionato e receptação. Já os membros da quadrilha foram indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, corrupção ativa e corrupção passiva, dependendo de cada caso.

Policial rodoviário está envolvido, diz PF
O delegado explicou que a quadrilha operava com a ajuda de um policial rodoviário federal, que também foi indiciado no inquérito. Esse policial era responsável por pegar os cadernos de questões nas dependências da PRF, fazer uma cópia e vender o material para o "cabeça" da organização criminosa. Esse chefe, por sua vez, repassava as perguntas a professores que montavam o gabarito. Os gabaritos eram vendidos diretamente a candidatos ou para intermediadores. Depois, os candidatos ou decoravam as respostas, ou montavam uma cola ou recebiam as respostas por meio de pontos eletrônicos durante a prova.

De acordo com Alves, foi encontrado um cheque no valor de R$ 100 mil assinado por um candidato na casa de um dos integrantes da quadrilha. O delegado disse que o candidato confessou ter pago o valor pelo gabarito. Outros disseram ter pago R$ 60 mil, disse o policial.

O delegado afirmou que o inquérito já foi entregue ao Ministério Público Federal, que apresentou a denúncia à Justiça. Ainda segundo Alves, a Justiça já aceitou a denúncia e decretou prisão de alguns indiciados. Alguns estão presos, disse Alves.

Demais concursos
Além do concurso da PF, já foi encerrada a investigação sobre a fraude no Exame da OAB de 2009. Nesse caso, a Justiça Federal abriu processo contra 37 pessoas envolvidas, após a denúncia do Ministério Público Federal em Santos (SP). O esquema, segundo a promotoria, incluiu um curso com as questões para bacharéis em direito em uma universidade de SP.

De acordo com Alves, o total de envolvidos nas fraudes variava de acordo com cada concurso, mas já foram identificados 16 membros da quadrilha no total. Os inquéritos sobre as provas da Receita Federal, da Anac e da Abin continuam em andamento.


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Eventos e Cultura: Quatro mini técnicas de memorização para provas e ...

Renato Alves, especialista em memória, mostra métodos para eliminar o branco da memória na hora da prova


São Paulo - À primeira vista, a lista quilométrica de assuntos exigidos pelos concursos públicos pode desesperar até o mais confiante dos candidatos. Afinal, diante dela, sempre fica a sensação de que o tempo para estudo é insuficiente e de que o "branco da memória" é inevitável. 

Mas é possível gerenciar esses riscos. Para Renato Alves, um dos principais especialistas em memorização do país, a receita é simples: basta uma boa dose de organização e disposição para estudar da maneira correta. 

Entre uma palestra e outra, Alves, que é recordista brasileiro de memorização, revelou alguns segredos sobre como guardar todo conteúdo exigido pelo concurso  e como tornar sua rotina de estudos mais eficiente. 

Quer mesmo eliminar o branco da memória da sua lista de pesadelos pré-exame de concurso público? Então, confira as dicas nas próximas páginas

1. ORGANIZE-SE


Sua meta é chegar no dia do concurso com todos os assuntos em mente? Então, desde já, aprenda a calcular a equação exata entre os minutos disponíveis para o estudo e o conteúdo exigido pela banca examinadora. 

"O mais desanimador para um candidato é sentar na mesa e se perguntar: por onde eu começo?", diz Renato Alves. Por isso, a dica, é planejar previamente.

Assim que o edital for publicado, liste as matérias e o material que você usará para estudá-las. “Separe os assuntos entre aqueles que exigem estudo ou revisão”, explica.  Isso te ajudará a definir o tempo para dedicar a cada matéria. 

Feito isso, divida o número de páginas pelos dias (e horas) disponíveis.  Para criar um planejamento mais realista, faça um teste de quanto tempo você leva para estudar determinado assunto. E, não se esqueça do período reservado para a revisão.

2. NÃO BASTA LER

Agora, de nada vale organizar uma  regrada agenda de estudos se você não sabe como estudar, de fato. Estudo exige concentração, dedicação e tempo. Por isso, não adianta passar os olhos pela apostila e achar que já sabe todos os conceitos.

Uma boa técnica de estudo é o hábito de fazer fichamento de todo conteúdo. “A estratégia é:  para cada parágrafo que você ler, defina algumas palavras chaves”, descreve. “Ao terminar a leitura, tente explicar para si mesmo a essência do texto com base nessas palavras chaves”

Assim, de acordo com ele, na hora de fazer a revisão, você precisará apenas recorrer às suas fichas de estudo. O resultado? Planejamento e rotina de estudos mais eficiente. 

3. REPITA

De acordo com Alves, a repetição também é um fiel aliado na hora de guardar conceitos. Por isso, abuse da resolução de exercícios e simulados. 
Uma dica para isso, no caso de questões que envolvem a memorização de uma fórmula, é fazer um cálculo que utilize essa fórmula a cada cinco horas durante quatro dias. “Você provoca uma estimulação nas redes neurais e, assim, constrói a memória de longa duração”, diz.
Mas ele alerta: a memorização efetiva só é construída a partir de conhecimento. Por isso, de nada vale sair decorando fórmulas ou macetes para resolver questões. É preciso, primeiro, compreender a lógica por trás de cada ação.

4. INVISTA EM VOCÊ

Por outro lado, segundo Alves, o branco da memória pode ser um sinal de que algo não anda bem no organismo. Isso significa que é falsa a  teoria de que para passar em um concurso público é necessário sacrificar a própria vida.

Alves explica que antes de se aventurar por todas as matérias exigidas, o candidato precisa se lembrar de cuidar da própria saúde.
Dessa forma, a tríade boa alimentação, excelente noite de sono e horas de lazer são imprescindíveis para quem quer, de fato, memorizar todos os conceitos até o dia da prova. 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Concursos com inscrições abertas nesta segunda somam 17,1 mil vagas

Concursos com inscrições abertas nesta segunda somam 17,1 mil vagas

Há cargos para todos os níveis de escolaridade.

Salário chega a R$ 21.766,15 no TRT de Rondônia e Acre.

Do G1, em São Paulo

Pelo menos 74 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (11) e reúnem 17.102 vagas para todos os níveis de escolaridade. O salário chega a R$ 21.766,15 no Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia e Acre.

Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.

Os órgãos que abrem inscrições nesta segunda-feira (11) são os seguintes: Cemig Telecomunicações, Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, Prefeitura de Grão Mogol (MG), Prefeitura de Praia Grande (SP), Prefeitura de Santo André (SP) e Prefeitura de Tatuí (SP).

domingo, 10 de outubro de 2010

Dicas retiradas do AVESSO

Dicas postadas lá por Anams


MEDICINA GRAMATICAL

.............Às vezes falamos com imprecisões de sentido, e valeria a pena caprichar. Por exemplo: febre alta. Na verdade, toda febre é temperatura alta. Febre baixa, pelo menos na medicina gramatical, também não existe. Outro exemplo: tirar a pressão. Se uma enfermeira tirar a minha pressão sangüínea eu morro na hora. É bem melhor pedir-lhe para medir a pressão.

- O TEMPO NÃO PÁRA
.............Hoje é hoje. Amanhã é depois de hoje. E depois de amanhã (sem hífens) é daqui a dois dias. E como voltar para o passado? Ontem foi antes de hoje. Antes de ontem é anteontem. E antes de anteontem? Trasanteontem. Por incrível que pareça.

- INSÔNIA GRAMATICAL
.............Depois do décimo carneirinho, podemos contar, sem hífen: décimo primeiro, décimo segundo. Depois: vigésimo, vigésimo primeiro, vigésimo segundo, também sem hífen. Depois: centésimo, centésimo primeiro... também sem hífen. E se a insônia for longa, milionésimo, bilionésimo, trilionésimo primeiro, trilionésimo segundo... e boa-noite!

- E AGORA, JOSÉ?
.............O vocativo é a palavra que serve para chamar alguém ou um animal. Se estiver no meio da frase, vem entre vírgulas. Se estiver no início, põe-se uma vírgula depois. Se vier no final, põe-se uma vírgula antes. Vejamos: José, e agora? E agora, José? Mas, José, e agora?

- O MELHOR, SE FOR MELHOR, MELHOR VIVERÁ
.............Na frase acima, a palavra melhor pertence a três categorias gramaticais diferentes. O melhor (substantivo), se for melhor (adjetivo), melhor (advérbio) viverá. Deles, o último é invariável. A frase no plural fica assim: os melhores, se forem melhores, melhor viverão.

- MUDANÇA DE HÁBITO.
Como tratar pessoas que ocupam cargos importantes? Um cardeal é Vossa Eminência. Um ministro é Vossa Excelência. Um prefeito também. Um reitor é Vossa Magnificência. Um padre é Vossa Reverendíssima. Um gerente de banco é Vossa Senhoria. Um coronel também. E o papa é Vossa Santidade. Se estamos acostumados a chamar todo mundo de você, é melhor mudar de hábito...

- CONVERSA PRA BOI DORMIR
.............Até no açougue é preciso falar bem. Quando queremos comprar a parte traseira acima das coxas do animal, devemos pedir alguns gramas ou mesmo um quilo de coxão. Trata-se do aumentativo de coxa. Há quem fale colchão, mas isso já é conversa pra boi dormir.

- 10 DE MAIO 
.............O que comemoramos no dia primeiro de maio? Quem respondeu o Dia do Trabalho, deveria trabalhar em dobro nesse dia. Comemoramos o Dia do Trabalhador, em analogia com outras datas ao longo do ano em que lembramos o jornalista, o médico e a secretária. Esse feriado nasceu para homenagear operários mortos durante uma passeata no dia 10 de maio de 1889, em Chicago.

- APOFONIA: ISSO TEM CURA? 
............. Vários nomes que, no singular, possuem na sílaba tônica um o fechado - povo, poço, glorioso e olho - no plural experimentam mudança de timbre. As palavras povos, poços, gloriosos e olhos são pronunciadas com o o aberto. É o caso também de novos, porcos e coros. Este é um exemplo de apofonia. E como toda a regra tem a sua exceção, gostos, tronos e bolsos têm o o tônico fechado.

- QUE PENA!
.............O uso contínuo de uma expressão errada torna o erro invisível. Poucos vêem o equívoco de usar a palavra penalizar no sentido de punir e castigar. É comum ouvirmos, por exemplo: os jogadores foram penalizados com a expulsão. Penalizar, na verdade, significa causar dor e tristeza. Ele ficou penalizado (ficou triste) ao ver a expulsão dos jogadores. O certo, então, é mudar o verbo da frase anterior, e escrever assim: os jogadores foram punidos com a expulsão.

FALOU E DISSE!
.............Falar e dizer não são sinônimos. Quem fala, fala bem, fala muito, fala com alguém, fala diante dos outros. Já quem diz, diz a verdade, diz o que pensa, diz besteira, diz o que não deve. Falar tem a ver com o ato da fala. Dizer tem a ver com o conteúdo expresso por aquele que fala. Falou?

- A CURA PELA GRAMÁTICA
.............Existe uma doença que admite os quatro usos que médicos e pacientes fazem dela: a diabete, a diabetes, o diabete e o diabetes. Por outro lado, no caso da palavra terminada em s, o adjetivo que lhe segue fica no singular: diabetes insípido, diabetes melito, diabetes sacarino ou diabetes sacarina.

- QUESTÃO DE OUVIDO
.............Li, certa vez, numa placa: "É proibida a instalação de autofalantes." O ouvido doeu. Não tanto pelo medo de ouvir alguém gritando pelo alto-falante, mas por imaginar como alguém poderia fazer o casamento entre um automóvel e um falante, que ainda por cima era proibido instalar.

- O OUVIDO DÓI, MAS O QUE FAZER?
.............A prosódia indica-nos a maneira certa de pronunciar as palavras, levando em conta a sua tonicidade, conhecimento que ajuda a grafá-las corretamente. Rubrica fala-se rubrica, com o i tônico, mas não acentuado. Ruim é ruim, com i tônico, mas não acentuado. Maquinaria é maquinaria, com i tônico mas não acentuado. E pudico fala-se pudico mesmo, com i tônico, e esse i também não é acentuado.

- A METONÍMIA E O IBOPE
.............Metonímia é uma figura de linguagem em que se usa uma palavra no lugar de outra, estando as duas estreitamente relacionadas. Quando eu digo que a novela está sem ibope trata-se de uma metonímia, porque ibope é a sigla do Instituto Brasileiro de Opinião Pública, e o que a novela não tem mesmo é audiência, cujo índice, aí sim, é calculado pelo Ibope.

- A MATANÇA GRAMATICAL
.............Tudo é matança, mas há algumas diferenças: o filho que mata o pai comete um parricídio. O filho que mata a mãe comete um matricídio. Os pais que matam o filho cometem um filicídio. A mulher que mata o marido comete um mariticídio. E o marido que mata a esposa comete (que horrível) um uxoricídio.

- APERTEM OS CINTOS!
.............Para cada realidade concreta existe uma palavra adequada. Quando um avião desce no aeroporto, aterrissa ou aterriza. Quando o hidroavião pousa no mar, amerissa. E quando uma nave pousa na lua, alunissa ou aluniza.

- FRANCESISMOS? MERCI BEAUCOUP!
.............É bom saber que algumas palavras do nosso vocabulário vieram do francês e, embora possamos usá-las tranqüilamente, possuem correspondentes exatos no português. Para ateliê temos oficina; para complô temos conspiração; para menu temos cardápio; e para omelete temos fritada de ovos.

- POLITICAMENTE CORRETO
............. Hoje, há quem diga que precisamos falar politicamente correto, evitando expressões racistas como: ele judiou de mim, a coisa tá preta ou você está denegrindo minha imagem. Até os brancos começam a se revoltar quando ouvem o vestibulando reclamar: Xi... me deu um branco!

- PONTUALIDADE BRASILEIRA
.............A distinção entre hora e horário é delicada, mas real. Hora pode ser definida como a 24ª parte de um dia inteiro ou como um período de 60 minutos. Já horário (tanto substantivo como adjetivo) refere-se a um período com mais de 1 hora: horário do ônibus, horário nobre, fuso horário, carga horária. Uma comparação: calendário é o período de dias, palavra proveniente de calendas que, em latim, era o primeiro dia do mês.